CA-AA-AFN/2022
Prova: Verde
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QUESTÃO 24) "( ... ) Estamos numa encruzilhada: ou fazemos renascer o Poder Naval sob bases permanentes e voluntariosas, ou
nos resignamos a ostentar a nossa fraqueza provocadora( ... )"{CAMINHA, José Carlos. Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha. p.138, 2006). Leia o texto a seguir: O trecho acima foi retirado do Relatório do Ministro da Marinha em 1932, Almirante Protógenes Pereira Guimarães. Sobre a Marinha brasileira no período entre guerras é correto afirmar que: obteve, nos termos da Lei de Empréstimo e Arrendamento, com os Estados Unidos da América, o fornecimento de materiais bélicos necessários, sem operações financeiras imediatas, além do crédito de 200 milhões de dólares, sendo 50 milhões destinados à Marinha. as atividades de minagem e varredura que tinham sido mantidas em segundo plano desde o fim da Primeira Guerra, ganharam novo fôlego, obedecendo ao novo programa naval, então aprovado, que decidiu pela construção, no Brasil, de uma série de navios mineiros varredores. representou um divisor de águas, com a substituição da maioria dos meios navais da Esquadra de 1910, antes do fim da década de 1920, por meios mais modernos e produzidos no pais com recursos nacionais. o desenvolvimento da mentalidade marítima do povo brasileiro revelou-se em toda a sua intensidade. o programa naval estabelecido em 1932, ajustado em 1936, que contou com financiamento estado-unidense, obedecendo a estratégico, criou uma Força Naval grandiosa com capacidade ilimitada para interferir no campo interno e externo.
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Prova: Verde
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QUESTÃO 25) Leia o texto a seguir:
"A longa viagem a bordo das embarcações que faziam a Carreira da lndia era repleta de privações e dificuldades. As acomodações para a tripulação eram desconfortáveis e as condições de higiene precárias. De acordo com a capacidade do navio, centenas de homens podiam dividir, de maneira desigual, o compacto espaço de bordo da nau. ( ... ) As atividades a bordo eram intensas e uma rígida disciplina era aplicada aos tripulantes pelo capitão do navio a fim de manter certo grau de coesão e evitar conflitos e motins." (ABREU, Guilherme Mattos de. (Org.) Marinha do Brasil: uma síntese histórica. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha. p. 32, 2018). O trecho acima menciona uma importante função na tripulação de um navio.
Desse modo, analise as afirmativas abaixo, assinalando a seguir a opção correta:
I - Marinheiro: pessoa sem experiência no mar. Fazia atividades pesadas.
II - Mestre: experimentado marinheiro cuja atribuição principal era a manobra do velame e a supervisão geral do convés.
III - Capitão: seu mister era a navegação e, para isso, tinha conhecimentos acima da maioria do pessoal.
IV - Meirinho: jovem de pouca idade subordinado ao guardião. Encarregado das limpezas e varreduras do navio.
V - Condestável: Oficial diretamente subordinado ao capitão. Responsável pela operação e manutenção dos canhões de bordo.
Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras. Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. Apenas as afirmativas I, II e V são verdadeiras. Apenas as afirmativas II e V são verdadeiras. Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
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Prova: Verde
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QUESTÃO 26) Segundo Caminha, na Guerra Hispano-americana (1898) um tipo de belonave mostrou-se tão eficiente em todas as
formas de combate, aumentando ano a ano, em tamanho, velocidade e poderio para atacar navios de sua espécie e ser empregado com eficiência contra todos os demais navios. Nas duas guerras mundiais, esse tipo navio teve grande desenvolvimento e foi usado com muito sucesso. (CAMINHA, José Carlos. Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006, p. 178).
Com base no texto acima, assinale a opção que identifica corretamente o tipo de navio mencionado. Fragata Navio-Aeródromo Contratorpedeiro Encouraçado Submarino.
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Prova: Verde
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QUESTÃO 27) "O litoral, conhecido como a costa do pau-brasil, prolongava-se desde o Rio de Janeiro até Pernambuco, onde foram sendo estabelecidas feitorias, nas quais navios portugueses realizavam regularmente o carregamento desse tipo de madeira para o reino. Esse negócio rendoso começou a atrair a atenção de outros países europeus que nunca aceitaram a partilha do mundo entre Portugal e Espanha, entre eles a França." (SERAFIM, Carlos Frederico Simões. (coord.); BITTENCOURT, Armando de Senna. (org.). Coleção Explorando o Ensino- História: A importância do Mar na História do Brasil. Vol 13. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. p. 35)
De modo a garantir a posse do recém-descoberto território brasileiro no inicio do século XVI, qual foi a ação adotada pelo Reino de Portugal para coibir a presença de outros países? Descartou, desde o inicio, a adoção de qualquer mecanismo diplomático para resolver a questão. Em 1512, enviou Nicolau Durand de Villegagnon para fundar uma colônia de povoamento na Baia de Guanabara, nas atuais instalações da Escola Naval. Autorizou a expedição comandada por Martim Afonso de Sousa exclusivamente para praticar a guerra de corso. Declarou guerra contra os franceses em 1509, cuja derrota resultou na perda do território da atual Guiana. Enviou expedições Guarda-costas cuja principal missão era realizar o patrulhamento da costa brasileira.
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Prova: Verde
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QUESTÃO 28) Em 2022, o Brasil comemora duzentos anos de sua Independência. Nesse contexto, sob a influência do estadista José Bonifácio de Andrada e Silva, considerado o grande artífice da Marinha Imperial Brasileira, foi identificada a necessidade do emprego de força armada para eliminar os focos de resistência e, consequentemente, garantir a manutenção da integridade territorial do Império do Brasil, cabendo à Força Naval o protagonismo das ações.
Sobre o processo de formação da Marinha Imperial Brasileira NÃO é correto afirmar que: a necessidade de dispor da Força Naval como eficiente elemento operativo e como fator de dissuasão para as pretensões de reconquista portuguesa fez com que o governo imperial contratasse Lorde Thomas Cochrane, um brilhante e experiente Oficial de marinha britânico, como Comandante em Chefe da Esquadra. foi um Oficiar britânico, John Taylor, que comandou a primeira força naval ostentando no mar a Bandeira Nacional imperial. A marujada também era, na sua maior parte, de fora, todos contratados. Até cerca de 1830, metade dos marujos e dois terços dos Oficiais eram estrangeiros. a rápida formação de uma Marinha de Guerra nacional constituíra-se no melhor meio de transportar e concentrar tropas leais e suprimentos para as áreas de embate com os portugueses, com a rapidez e a segurança que os caminhos terrestres não permitiam. foram contratados Oficiais estrangeiros para a Marinha brasileira, cujo chefe foi o Almirante Thomas Cochrane, Conde de Dundonald, mais tarde também Marquês do Maranhão. Com ele vieram diversos Oficiais britânicos que na Grã-Bretanha em paz venciam apenas meio-soldo (half pay). os portugueses haviam deixado por aqui algumas naus e outros navios, boa parte em péssimo estado de conservação. Poder-se-ia recuperar alguns desses navios e adquirir outros para formar um núcleo da esquadra brasileira. O governo, porém, não tinha os recursos necessários. Apelou-se, então, para o povo, que deu os meios necessários por meio de uma subscrição pública.
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Prova: Verde
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QUESTÃO 29) "Os primeiros anos da República foram marcados pela progressiva desmobilização da Esquadra brasileira. As revoltas que assolaram a Nação e o desgaste econômico conhecido como Encilhamento provocaram o gradativo desmantelamento das unidades da Força Naval. A situação interna do País se refletia nos orçamentos insuficientes que negavam à Marinha os recursos necessários à modernização dos meios flutuantes e à criação de uma infraestrutura de apoio." (CAMINHA, José Carlos. Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha. p.124, 2006).
Para tentar mitigar a supramencionada desmobilização, foram apresentados dois Planos de Reaparelhamento Naval no inicio do século XX. Dado o exposto, assinale a opção correta. Foram incorporados os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo, pertencentes à classe dos "dreadnoughts" mais poderosos do mundo o que encheu de orgulho e confiança os brasileiros. Foram incorporados a Fragata Nitcheroy, os Submarinos F1, F2, F3 e Humaitá, o Tender Ceará além de outros navios auxiliares, como o Rebocador Laurindo Pitta. Nesse programa, foi aprovado o projeto de um novo arsenal, bem como a modernização das instalações existentes na Baía de Todos os Santos, visando prover apoio logístico adequado no litoral norte. Em julho de 1904 foi apresentado na Câmara dos Deputados o Programa de Reaparelhamento Naval do Almirante Alexandrino de Alencar pelo Deputado Laurindo Pitta. Foram incorporados navios como os Encouraçados Minas Gerais e Rio de Janeiro, pertencentes à classe dos "dreadnoughts". Por motivos financeiros, deixou de ser incorporado o São Paulo, pertencente à mesma classe, o qual foi vendido à Turquia pelo governo do Marechal Hermes da Fonseca.
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Prova: Verde
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QUESTÃO 30) Baseando-se no texto intitulado A Evolução tecnológica no setor naval na segunda metade do século XIX e as consequências para a Marinha do Brasil, escrito pelo Vice-Almirante Armando Amorim Ferreira Vidigal e publicado na Revista Marítima Brasileira (V. 120/N.10-12. Rio de Janeiro, out/dez 2000. p. 169), a Revolução Industrial iniciada no século XVIII somente chegou aos navios de guerra em profundidade na segunda metade do século XIX, período em que as diversas evoluções tecnológicas ocorreram rapidamente.
Assim, sobre a evolução tecnológica dos navios após a Revolução Industrial é correto afirmar que: lançado ao mar em 1887, na Inglaterra, o HMS "Dreadnoughf' foi o primeiro navio dotado de couraça. lançado ao mar em 1852, na França, o Cruzador "Napoléon" foi o primeiro navio dotado de hélice. lançado ao mar em 1872, nos Estados Unidos, o CSS "Virginia" foi a primeira belonave a adotar o convés ao nível da água, sem borda livre. lançado ao mar em 1917, nos Estados Unidos, o USS "Eagle" foi o primeiro Navio-Aeródromo a entrar em serviço em uma Marinha. lançado ao mar em 1889, na Inglaterra, o HMS "Blake" foi o primeiro cruzador sem mastros para velas.
CA-AA-AFN/2021
Prova: Verde
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QUESTÃO 24) "Os primeiros anos da República foram marcados pela progressiva desmobilização da Esquadra brasileira. As revoltas que assolaram a Nação e o desgaste econômico conhecido como encilhamento provocaram o gradativo desmantelamento das unidades da Força Naval. A situação interna do Pais se refletia nos orçamentos insuficientes que negavam à Marinha os recursos necessários à modernização dos meios flutuantes e à criação de uma infraestrutura de apoio." Carlos Frederico Simões Serafim (Coord.) e Armando de Senna Bittencourt (Org.). Explorando o Ensino- História: A Importância do Mar na História do Brasil. Vol. 13. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, pp. 129- 130, 2006).
O trecho acima retrata a situação da Marinha do Brasil no inicio da República. Considerando os acontecimentos relacionados à Marinha no final do século XIX e inicio do século XX, assinale a opção correta. As dificuldades em relação aos recursos destinados à Marinha se mantiveram por toda a década final do século XIX. No entanto, durante esse período, a manutenção da titularidade de um único ministro favoreceu a elaboração de um programa naval condizente com as necessidades do pais. Ao assumir a pasta da Marinha, em 15 de novembro de 1902, o Almirante Júlio de Noronha encontrou uma Força Naval constituída de navios modernos e recentemente adquiridos. Essa força estava alinhada com a concepção de guerra daquele momento, como também . com os conceitos de construção implementados pelas potências industriais da época. Visando a tornar a Marinha do Brasil melhor aparelhada, em julho de 1904, foi apresentado à Câmara o projeto que continha o Programa Naval do Almirante Júlio de Noronha, o qual poderia atender às expectativas dos militares e da sociedade. Todavia, a franca oposição conduzida pelo deputado Dr. Laurindo Pitta dificultou a aprovação do projeto. Com a mudança do Presidente da República, em 1906, também ocorreu a troca no Ministério da Marinha, assumindo a pasta o Almirante Alexandrino Faria de Alencar. O novo ministro conseguiu aprovação do Congresso para reformar o Programa de 1904. O novo Programa Naval do Almirante Alexandrino tinha como alteração relevante a adição de três novos encouraçados do tipo dreadnought, de 20 mil toneladas, e a aquisição de novos terrenos na Ilha do Governador. No Programa Naval do Almirante Alexandrino, foi cancelado o projeto de um novo arsenal. Em seu lugar, optou-se por modernizar as instalações da Ilha das Cobras e admitiu-se a construção de bases secundárias nas cidades de Belém e Natal, além de um porto militar, de pequeno porte, em Santa Catarina.
CA-AA-AFN/2021
Prova: Verde
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QUESTÃO 25) Os eventos ocorridos na época Moderna (1453 até 1789) modificaram a política, economia, sociedade e cultura do perlodo histórico anterior: a Idade Média (476 até 1453). No medievo, na Europa, o sistema social político e econômico era o Feudalismo (balizado em trocas comerciais). Durante o período medieval, a Europa se viu invadida ao sul pelos muçulmanos, ao norte pelos vikings e ao leste pelos magiares. O fim do Império Bizantino, conquistado pelos turcos otomanos, representou o avanço muçulmano também pelo leste.
Marque a opção que apresenta corretamente as disputas pelas rotas comerciais durante a Idade Média. Os homens vindos do norte, escandinavos,
saquearam lugares e riquezas dos povos da costa da
Europa, da Inglaterra e de outras ilhas atlânticas.
Com o passar do tempo, os vikings deixaram para
trás os saques e destruições e se tornaram a base da
construção do Império Britânico a partir do século XI.
Foi a herança mercantil dos vikings que deu inicio ao
futuro Poder Marítimo Inglês. Para expulsar os muçulmanos vindos do norte da
África, as Repúblicas Marítimas Italianas se uniram
aos vikings e aos magiares. Assim, Pisa e Gênova,
apoiadas pelos escandinavos, coligaram-se a fim de
dominar o Mar Adriático como sua área de influência
e mantê-lo livre de concorrência. Veneza, dentre as Repúblicas Marltimas Italianas,
destacou-se pela posição geográfica favorável, no
Mar Adriático, próximo ao Império Bizantino. Esse
fator foi importante para as rotas comerciais que
seriam seguidas por essa república marltima em
busca do seu apogeu marítimo-comercial, que
ocorreu na primeira metade do século XV. O canhão foi fator relevante para a conquista de
Constantinopla. O uso dos canhões pelos turcos para
destruir as muralhas do Império Bizantino não
encontrou resistência de valor. Nem o fogo grego,
nem a marinha bizantina foram capazes de impedir a
queda desse império. Mas o recuo para o interior,
realizado pelos Bizantinos, e a adequação dos
canhões a bordo dos navios permitiram a retomada
de Constantinopla após a derrota turca na Batalha
Naval de Diu. O tipo de navio utilizado pelos povos da Idade Média
pouco tinha se modificado em relação aos navios da
Antiguidade. Tanto os cristãos quanto os árabes e os
vikings combatiam com o drômon (navio rápido ou
navio corredor), com duas ordens de remos, já que a
terceira fileira de remos foi retirada para dar lugar a
pequenos canhões, ainda primitivos.
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